O FGTS virou notícia desde o fim do ano passado. O motivo foi a Medida Provisória 763/2016 publicada pelo presidente Michel Temer. A medida autoriza o saque do valor disponível em contas inativas do trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015.
Antes da MP ser publicada, as regras de saque do FGTS só permitiam a retirada em casos emergenciais específicos ou para contas que estavam três anos ininterruptos sem receber depósitos.
A intenção do governo ao tomar essa decisão foi de ajudar a movimentar a economia do país. Segundo estimativas, os saques podem injetar cerca de R$ 40 bilhões de reais na economia.
A notícia também alegrou muita gente que vai conseguir realizar o saque. Porém, apesar da grande repercussão, muitas pessoas ainda têm dúvidas quanto ao benefício e o que fazer com ele. Se você também gostaria de esclarecer algumas informações, continue lendo para entender:
- O que é FGTS
- Como sacar o benefício
- Como utilizá-lo para adquirir a casa própria
- Quais outras possibilidades para investir seu FGTS
O que é o FGTS?
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é um depósito realizado mensalmente pelo empregador em uma conta da Caixa Econômica Federal em nome do trabalhador. O valor depositado corresponde a 8% do salário pago ao funcionário. É um pagamento adicional que não é descontado da remuneração total.
Para consultar o saldo do Fundo de Garantia e todos os depósitos feitos na conta, é preciso ter em mãos o número do PIS (Programa de Integração Social) e criar um cadastro no site da Caixa Econômica Federal.
O número do PIS fica registrado na Carteira de Trabalho e no Cartão Cidadão. Se você não estiver com eles em mãos, é possível consultar o NIT (Registro do Trabalhador) na internet e usá-lo para realizar o cadastro.
Para isso, acesse o site da DataPrev, clique em “inscrição”, depois em “filiado” e preencha o formulário. Em seguida aparecerá um número em vermelho. Este é o seu Número de Registro do Trabalhador (NIT).
Depois, é só voltar ao site da Caixa, inserir o número do “NIT” na opção “NIS” e pronto! Você conseguirá finalizar o seu cadastro.
Como sacar FGTS?
Para fazer a retirada do valor disponível na conta do FGTS, você precisará realizar a solicitação de saque. Para isso, será preciso preencher um formulário e apresentar alguns documentos, que variam de acordo com a situação de cada trabalhador. Quem foi demitido terá que apresentar uma lista de documentos um pouco diferente de quem teve o contrato rescindido pela extinção da empresa, por exemplo. Após realizar a solicitação, o dinheiro leva até 5 dias úteis para poder ser sacado.
Os saques poderão ser realizados em agências da Caixa Econômica Federal, correspondentes Caixa Aqui, casas lotéricas e postos de atendimento eletrônico. Quem possui o Cartão Cidadão, tem a opção de realizar o saque no autoatendimento. Contudo, é preciso ficar atento ao limite máximo de saque, que é diferente para cada canal.
As agências da CEF, abrirão duas horas mais cedo e também aos sábados no início do período de saque do FGTS para atender à alta demanda. Os saques, segundo calendário divulgado recentemente pelo governo, serão organizados por lotes de acordo com a data de aniversário do beneficiário.
+ Confira o calendário de pagamento das contas inativas aqui.
Como usar o FGTS para pagar um imóvel?
Uma das utilidades mais conhecidas do Fundo de Garantia é justamente para a aquisição de imóveis. A despeito da Medida Provisória publicada no fim do ano passado, o saldo do FGTS pode ser utilizado de várias formas para adquirir a casa própria. Entre as opções, estão:
- Pagamento de prestações: é possível usar o saldo do FGTS para diminuir o valor das prestações do financiamento da casa própria em até 80% por 12 meses consecutivos. Para isso, o contrato de financiamento deve ter sido assinado no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação.
- Amortizar ou liquidar do saldo devedor: se o contrato de financiamento for assinado no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação, é possível quitar totalmente ou parte da dívida do financiamento da casa.
- Comprar ou construir: o saldo FGTS também pode ser usado para pagar o valor total do imóvel ou parte dele.
Onde mais investir o FGTS?
Se você já comprou e quitou o seu imóvel, existem outras opções para investir seu capital disponível no FGTS. Conhecer todas as possibilidades do Mercado Financeiro pode te ajudar a descobrir aplicações que podem ser mais interessantes do que deixar o dinheiro do Fundo de Garantia na conta de origem.
O rendimento do capital na conta do FGTS gira em torno de 3%, mais correção monetária. Esse retorno é muito pequeno e chega a ficar abaixo até do rendimento poupança. Por essa razão, o Fundo de Garantia não é considerado um investimento, apenas uma espécie de poupança forçada que é obrigação do empregador.
Por ser, para muitas pessoas, o resultado de vários anos de trabalho, deixar o capital submetido a uma rentabilidade muito baixa pode não ser a melhor opção. Esse dinheiro precisa ser valorizado para poder recompensar todo o seu esforço.
Atualmente, o destaque de rentabilidade entre as opções de investimento é a Bolsa de Valores. Em 2016, a Bolsa brasileira apresentou resultados muito acima de outras modalidades e tem a grande chance de se destacar novamente neste ano.
Isso é possível devido às possibilidades que a Bolsa oferece. Além de oferecer vários prazos à escolha do investidor, a Bolsa também tem opções para vários perfis, desde o mais conservador até o mais arrojado.
Há operações de médio e longo prazo, buscando a valorização de ações de empresas renomadas como a Petrobras (PETR4). Mas também é possível realizar operações que duram poucos dias ou apenas alguns minutos, no caso das operações de Day Trade.
Coloque as possibilidades de rendimento na ponta do lápis, estude o mercado e aproveite a possibilidade do saque do FGTS para virar o jogo. Por muito tempo você trabalhou para conquistar o dinheiro do seu Fundo de Garantia, agora é a hora de fazê-lo render de verdade!
Este conteúdo foi escrito pela Equipe da Toro Radar – a maior empresa de análise, consultoria e educação em investimentos na Bolsa de Valores do Brasil.
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