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Cataratas do Iguaçu: um destino que todo brasileiro deve conhecer

Cataratas do iguaçu

As Cataratas do Iguaçu é aquele tipo de destino que todo brasileiro deveria conhecer. Ao menos uma vez na vida o cidadão deveria tomar um carro, ônibus e avião e se dirigir a Foz do Iguaçu para se deleitar com este espetáculo.
Não por acaso, foi escolhido em 2011 uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.
Aportar em Foz do Iguaçu é uma experiência deliciosa desde o começo. A cidade é muito bem estruturada para receber o turista, é bonita e arrumada. Ela possui uma infinidade de outras atrações além das cataratas e é uma cidade perfeita para passear com crianças.

Quando ir?

A melhor época do ano para visitar as Cataratas é, justamente, o período chuvoso, quando a vazão do rio cresce espantosamente. Entre outubro e março, quando as chuvas são mais intensas, essa vazão pode chegar a 8.500 metros cúbicos por segundo. Em meados do ano, período de seca, o nível não supera os 600 metros cúbicos.

 Cataratas do iguaçu

Em tempos de chuva, as quedas d’água ganham força e, evidentemente, as cenas ficam mais impactantes. As fotos, ainda mais bonitas. Vale muito a pena ir nessa época.

Como chegar?

O acesso ao Parque Nacional é simples e variado. Você pode escolher qual a melhor forma de chegar às cataratas partindo do seu hotel, apartamento ou de qualquer outro ponto da cidade. Para quem está no centro da cidade e não alugou carro, é possível ir de táxi. A corrida até o Parque Nacional fica por menos de R$ 50.
Uma alternativa interessante e bem procurada pelos turistas é aproveitar os transfers das agências de turismo. É possível incluir os traslados nos pacotes turísticos ou mesmo adquiri-los separadamente.
Para quem quer economizar um pouco mais, a solução é pegar um ônibus. A linha 120 percorre as principais vias do centro, próximo a alguns dos principais hotéis da cidade. Ele passa pelas avenidas Jorge Schimmelpfeng, Juscelino Kubitscheck e Republica Argentina. O ônibus percorre toda a avenida das Cataratas, onde está outro importante núcleo hoteleiro, e vai também até o aeroporto.

Chegando no Parque Nacional

Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu é Patrimônio Natural da Humanidade e, sem dúvida nenhuma, um dos grandes orgulhos do país.
O ingresso para brasileiros custa R$ 34,30 (mais taxa de R$ 6 se comprar pela internet). Crianças de 2 a 11 anos e idosos (a partir dos 60) pagam R$ 9, sem taxas.
De cara, nos chamou a atenção em Foz do Iguaçu a ótima estrutura hoteleira, logo ao chegar à cidade. Saindo do aeroporto, acessamos a Avenida das Cataratas, que dá acesso às quedas d’água. A pista é margeada por hotéis, pousadas e resorts de todo tipo, a maioria de alto padrão. Elas oferecem ao hóspede uma proximidade maior das cataratas em relação a quem se hospeda no centro da cidade (o que foi nosso caso). Mesmo assim, se hospedar no centro foi uma opção mais acertada para nós.
A estrutura para receber o turista é digna de primeiro mundo. A bela e imponente entrada do Parque Nacional dá uma ideia do que vem por aí. Os funcionários atendem a todos rápida e educadamente. E a enorme fila caminha rapidamente, sem aporrinhar como em outras grandes atrações turísticas do mundo.

A estrutura

O Parque Nacional do Iguaçu tem um Centro de Visitantes de primeira, com tudo o que o turista precisa, como terminais bancários, fraldários e uma cafeteria, além das indefectíveis lojas de lembranças. Há ainda uma interessante área de exposição ambiental.
O centro de informações também é completo e traz todas as informações que o turista precisa sobre o Parque Nacional e também sobre Foz do Iguaçu.
Quem for ao local de carro não pode se esquecer de pagar pelo estacionamento ao comprar o ingresso, ainda na entrada do Parque. Esse pagamento pode ser feito das 7h30 às 19 horas.

Cataratas do iguaçu

 

O passeio

A partir da entrada, todos são levados a ônibus panorâmicos, que levam até as cataratas. O percurso dentro do Parque Nacional é de aproximadamente 10 quilômetros e é bem agradável.
Durante esse percurso, há vários pontos de parada, cada um deles levando a alguma atração dentro do parque, como trilhas ou o acesso ao rio Iguaçu via botes, que garantem uma vista esplendorosa das quedas d’água. Um desses pontos de parada é o Macuco Safári. Dali, toma-se uma trilha até o rio para fazer um emocionante passeio em botes.
Descemos na parada Trilha das Cataratas, de onde é feito o início do passeio propriamente dito. Também nessa parada fica o imponente Hotel das Cataratas, esse sim na cara do gol. Mas vamos deixar as hospedagens para depois e nos concentrar no passeio, que começa pra valer agora.

A trilha

Ao todo, a trilha das cataratas tem 1.200 metros e é muito tranquila de percorrer. Todo o trecho é concretado e não há problemas em percorrê-lo em dias de chuva, por exemplo. O único senão é que há alguns lances de degraus no caminho, o que torna o passeio mais complicado para quem está com carrinho de bebê. Se os degraus forem muito complicados para você, a sugestão é descer direto na última parada do ônibus: Espaço Estação Porto Canoas. Dali, o mirante tem acessibilidade total e oferece as melhores vistas das cataratas no lado brasileiro.
A primeira imagem que se tem é das quedas d’água no lado argentino, ao longe. Por enquanto, é uma cena apenas bonita. Mas o melhor está por vir. À medida que caminhamos, percorríamos trechos em que aumentava o ângulo de visão das cataratas e, portanto, tornava a visão ainda mais bela.
Um ponto interessante para quem faz a visita: a maior parte das quedas d’água está na porção argentina, o que acaba oferecendo visão privilegiada para quem está do outro lado (no caso, em território brasileiro). Quanto mais se caminha pelo parque brasileiro, mais e mais quedas é possível ver.
Em dado momento, é possível ver quase todo o contorno da ferradura de cachoeiras que forma o complexo. A partir de então, é possível sentir na pele, literalmente, a força impressionante das Cataratas. Mesmo estando a centenas de metros, somos atingidos pelas águas que respingam após cair com violência no rio, lá embaixo. Não à toa, muitos já colocam os capuzes e capas impermeáveis. Convém proteger também os celulares e máquinas fotográficas.

Beleza e diversão

É nesse momento que aparecem os quatis, famosos mascotes das cataratas. Eles são bonitos, simpáticos e muito intrometidos. Andam entre as pessoas e, se você vacilar, vai levar sua bolsa. A direção do Parque Nacional pede que você não os alimente. No restaurante, porém, essa missão se torna um tanto espinhosa, porque não raro eles vão até nossa mesa pegar algum lanche.

Cataratas do iguaçu

A partir desse ponto, os mirantes são cada vez mais bonitos. As fotos, tiradas de qualquer ângulo, ficam espetaculares. Sim, essas são as cataratas que aguardávamos ver. Ou ainda melhor do que imaginávamos!
Mas a melhor parte ainda está por vir: a famosa e impressionante Garganta do Diabo. Trata-se do momento em que as cascatas formam uma ferradura, contornando os lados brasileiro e argentino. Aqui, o volume de água é avassalador: em tempos de cheia, pode superar os 7 mil metros cúbicos por segundo, caindo das cachoeiras.
Este é o momento para as melhores fotos do dia. É aqui que vemos aquela famosa passarela entre dois níveis das quedas d’água. Dessa forma é possível ver as cachoeiras acima e abaixo de nós. É chegado o momento de se encharcar, abrir os braços e lavar a alma. Que atire a primeira pedra aquele que nunca esteve aqui e não soltou um grito de alegria, daqueles que saem do fundo da alma!
Ao lado da Garganta do Diabo encontramos o belo mirante, acessível por rampas ou elevador, do qual falamos acima. Em todos os momentos, a festa foi total na família.

Os números das cataratas

Altura máxima: 80 metros
Largura: 800 metros no lado brasileiro e 1.900 no lado argentino
Número de quedas: mais de 100
Vazão média: 1.500 m³ por segundo
Vazão máxima: 8.500 m³ por segundo.

Este post foi publicado originalmente no blog Viajante em Tempo Integral.

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