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Obras em condomínio. Com as pessoas mais tempo em casa, pequenos consertos e reformas acontecem. Mas e se atrapalhar os vizinhos?

Há uma imagem circulando na internet com o “bingo da quarentena”. É uma cartela repleta de atividades que todos já fizeram enquanto estão em distanciamento social, como fazer pão em casa, e você deve assinalar o que já fez.

Quem ainda não redecorou, reformou ou executou pequenos reparos em casa não vai conseguir conquistar a cartela cheia.

Com a pandemia de Covid-19 tornando a vida muito mais caseira, é comum que os donos de casa desejem fazer mudanças em seus apartamentos.

Ao passar mais tempo no mesmo local, a insatisfação com a cor das paredes, com a torneira pingando ou com a falta de espaço para trabalhar aumenta, e torna essencial realizar algumas obras, mesmo diante de um período crítico.

Se esse tipo de tarefa já era estressante antes, agora, com o medo generalizado de ser contaminado pelo vírus e com os ânimos alterados devido à falta de convívio social, a situação fica ainda mais delicada.

O que diz a lei

Para quem comprou um imóvel para reformar, a notícia é positiva. Apesar da pandemia, as obras nos condomínios estão liberadas.

Na Lei 13.979, sancionada pelo governo federal em 06/02/2020, hão há qualquer medida restringindo a realização de obras.

Em parágrafo único, fica exposto que “não se aplicam as restrições e proibições contidas neste artigo para casos de atendimento médico, obras de natureza estrutural ou realização de benfeitorias necessárias”.

Ou seja, o ingresso de prestadores de serviços em condomínios, como marceneiros e encanadores pode ser proibido, caso não esteja em conformidade com o parágrafo acima.

Na prática, o morador poderá contar com um eletricista para resolver uma queda de energia, mas não poderá solicitar um profissional para a limpeza de sofá, por exemplo, uma vez que as benfeitorias que não são necessárias estão vetadas.

Os condomínios costumam ser permissivos e flexibilizar o acesso as prestadores de serviço não-essenciais, portanto, vale a pena consultar o síndico antes de contratar um fornecedor.

Como amenizar eventuais problemas

O serviço está liberado, agora é hora de evitar atrapalhar os demais moradores. Saiba como proceder:

Siga as regras

Quase sempre os condomínios possuem em seu regulamento interno informações sobre dias e horários em que as obras podem ser realizadas. É essencial respeitar essa convenção – que pode ser alterada em razão da pandemia.

Outra regra que deve ser seguida é a remoção de sujeira e entulho, que devem ser armazenado em sacos específicos, transportados no elevador de serviço e descartados em local adequado.

Moradores que realizam reformas e reparos sem seguir a convenção pré-estabelecida ficam sujeitos a multas e punições.

Avise os vizinhos

Com certeza os vizinhos também estão passando mais tempo em casa, e realizando tarefas como trabalhar e estudar dentro do apartamento.

Se a obra for daquelas barulhentas, procure comunicar os moradores que serão impactados com os sons antes do trabalho começar, assim eles podem tentar se programar evitar ruídos durante uma reunião importante, por exemplo. 

Para as obras que durarão mais de um dia, o ideal é limitar o período do barulho. Converse com seu vizinho para entender em qual momento do dia os ruídos serão menos incômodos e combine os horários com o prestador de serviço.

Respeito aos protocolos

Para que o trabalho seja feito com segurança – do contratante, dos vizinhos, de demais moradores e do próprio profissional -, é obrigatório que o fornecedor siga todas as orientações da OMS e do governo. São elas:

  • Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool gel
  • Manter ao menos 1 metro de distância entre as pessoas
  • Usar máscaras descartáveis ou de tecido
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, além de apertos de mão
  • Cubra a boca e o nariz com a parte interna do cotovelo ou lenço quando tossir ou espirrar e descarte o item em seguida
  • Caso apresente sintomas como febre, tosse e dificuldade de respirar, busque atendimento médico.

Além disso, os condomínios podem estabelecer regras próprias visando proteger os moradores, como uso de sapatilha descartável nos pés e limitação de pessoas dentro do elevador.

Tenha bom senso

A pandemia de coronavírus ainda é crítica no Brasil. Portanto, a melhor recomendação ainda é o respeito à quarentena, o que inclui evitar o contato com outras pessoas além daquelas que moram na sua casa para proteger a todos.

Sendo assim, avalie a necessidade da ida de um profissional até o apartamento.

Em muitos casos, é possível resolver o problema com uma chamada de vídeo, como, por exemplo, a visita de um design de interiores. Em outros, o morador vai perceber que o serviço desejado pode aguardar mais um pouco, até ser seguro ser realizado, ou que ele mesmo pode executar sozinho.

Com um pouco de boa vontade, qualquer um pode se adaptar à nova realidade. Esse é um período passageiro e seguindo as recomendações, o lar vai ficar pronto para enfrentar a quarentena e a nova vida.

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