A maneira mais simples e rápida de preenchermos as paredes de uma casa é através da utilização de quadros. Estes elementos podem ser encontrados prontos à venda – em diversos materiais, cores, desenhos, formatos, acabamentos e estilos – ou podem ser feitos pelos moradores em técnicas de pintura, fotografia e mais. Opções realmente não faltam para a decoração de interiores. A pergunta que fica é: “Como organizar isso nas paredes?”.
Sim, pois os agrupamentos dessas peças podem também provocar efeitos diferentes nas decorações. Por exemplo, transmitindo uma ideia de que o ambiente onde se encontram é mais formal ou despojado.
Tudo é uma questão de brincar com a simetria ou assimetria do conjunto, além das mais inusitadas possibilidades de mesclas de objetos. Quer ideias modernas para a sua casa? Então, confira o texto e as imagens a seguir.
1. Composição aleatória
Vamos começar a nossa explicação expondo a primeira possibilidade de criação de parede de quadros, que é através de uma composição aleatória. Isso quer dizer que quadros que podem ou não ter as mesmas proporções e estilos são instalados próximos numa mesma parede, mas sem aparentemente seguir nenhuma lógica de organização.
Entre eles há diferentes espaçamentos; e algumas peças ficam mais para cima, enquanto outras mais para baixo.
Contudo, isso não quer dizer que a decoração não segue uma ordem, uma simetria. Na verdade, de algum modo, olhando a organização de longe, avaliando ela dentro do todo da casa decorada, deve haver uma harmonia visual – equilíbrio de “pesos”.
A questão é que, desse jeito, é muito mais difícil uma pessoa inexperiente em design e decoração de interiores acertar todos os ajustes necessários para que esse aparente caos faça sentido.
2. Composição com base em uma linha central na parede
Vamos, então, para uma primeira solução mais segura, onde você pode ter uma referência de partida para a organização da parede de quadros da sua casa. A ideia é fazer uma marcação provisória na superfície – horizontal, na altura dos olhos, ou vertical, a partir do meio de um móvel abaixo, como um sofá ou aparador, por exemplo.
O que muda, nesse caso? Bem, quer dizer que mesmo peças de tamanhos e formatos diferentes serão instaladas na parede a partir dessa linha para baixo ou para cima, para a direita ou esquerda.
E, havendo a repetição desta linha em determinada distância, podemos formar um conjunto ainda maior, ocupando mais área e chamando mais atenção dos observadores.
3. Composição retangular ou quadrada
Vamos supor outra hipótese agora. Você tem uma quantidade de quadros que gostaria de colocar na parede; porém, não ultrapassando certa área. O que se faz, então?
Faz-se uma marcação retangular ou quadrada e dentro disso é que se mede as distâncias entre as molduras. Enfim, olhando de longe, todas as peças juntas devem parecer um grande quadro. Inclusive, pode-se brincar com uma única figura partida em vários quadros.
4. Com base em uma linha horizontal na parede
Neste momento, queremos chamar a atenção sobre uma questão. Assim como existe uma zona média de vida em nossa galáxia, existe uma zona média onde a nossa vista chega e que é pouco provável que vamos perceber os elementos acima ou abaixo disso.
Por isso é que em casas muito antigas, quando o pé-direito é muito alto, o comum é a utilização de quadros e espelhos inclinados, presos a correntes.
Então, com base na altura dos moradores da sua residência, o decorador traça uma linha média que é percebida dentro dos ambientes.
E o que ele faz é o seguinte: dentro dessa faixa é que instala os quadros na parede, usa os critérios que dissemos no item 2 deste texto ou apoia as molduras sobre uma prateleira de quadros que é fixada no limite mais inferior dessa faixa de observação. Isso é comumente visto em projetos de salas e quartos, sobre sofás e cabeceiras de camas.
5. Composição em dois eixos
Em paredes abertas, sem móveis ao redor, o foco visual principal poderá ser, sem dúvidas, um conjunto de quadros. Sem limitação de instalação exigida pela criação de qualquer setor funcional, o decorador fica sem saber por onde se guiar.
Nesse caso, o que se pode fazer é encontrar o centro dessa parede – traçando um ‘+’ ou ‘X’; e, a partir disso, espalhar os quadros na superfície como se fossem raios – o que pode ser bom para criar uma perspectiva, por exemplo.
6. Composição em diagonal
Para finalizar, existe um modelo de agrupamento de quadros que acaba sendo impactado pela mudança de níveis no piso dos ambientes. É a instalação de molduras seguindo uma linha horizontal, paralela ao chão de uma rampa ou escada.
Assim, pode-se apenas concentrar um grupo de quadros ao nível do descanso – que é aquele degrau mais comprido entre lances.
Leve em conta seu jeito de ser com o estilo de sua casa e escolha a opção que mais combina com eles!
Essas dicas de decoração foram criadas pela equipe Viva Decora.