É essa pergunta que motiva uma pesquisa que nasceu em 2007 e se consolidou em 2009. O IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) já está em sua 6ª edição e virou referência para políticas públicas que influenciam nas decisões de toda a cidade de São Paulo. São avaliados 169 aspectos em 25 áreas distintas.
O objetivo final do IRBEM é formar um conjunto de indicadores para que a própria sociedade civil, governos, empresas e instituições conheçam as condições e os modos de vida dos cidadãos. Ao todo foram entrevistados 1.512 moradores da cidade, todos maiores de 16 anos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na manhã de hoje (22 de janeiro) foram divulgados os resultados da pesquisa referente a 2014 em um evento no Teatro Raúl Cortez. Estiveram presentes o Prefeito Fernando Haddad, a Secretária Municipal de Planejamento Leda Paulani e o ex-Senador e futuro Secretário de Direitos Humanos de São Paulo Eduardo Suplicy, entre outros. O Blog da Lopes também estava lá e ajuda a responder:
Paulistano, você está satisfeito com a qualidade de vida em São Paulo?
Não. A resposta é não. O paulistano não está satisfeito com a sua cidade. A “nota”, ou índice IRBEM que o cidadão deu para São Paulo é, na média, 5,1. Isso representa um aumento de três décimos em relação ao 4,8 de 2013, porém ainda abaixo da média de 5,5 (de 10) considerada pela pesquisa. Para chegar a esse número final, o IBOPE Inteligência criou uma média ponderada que calcula, além da nota, a importância que a pessoa dá para cada quesito. Por exemplo: saúde, dada como o item mais importante, “valia” mais que “consumo”, o menos importante.
Além disso, 57% dos entrevistados declararam que, se tivessem a oportunidade, deixariam São Paulo e passariam a viver em outra cidade.
As Relações Humanas na cidade receberam a melhor avaliação dos entrevistados. Ainda assim, o Indicador final é de apenas 6,1. Junto com Trabalho; Religião e Espiritualidade e Tecnologia da Informação, forma o grupo de quatro itens avaliados acima da média.
No outro lado da tabela, Transporte e Trânsito; Acessibilidade para Pessoas com Deficiência; Desigualdade Social; Segurança e Transparência e Participação Política receberam as piores avaliações. A honestidade dos governantes é o item pior avaliado, com 2,7.
Ao cruzar todos os dados do 6º IRBEM, o IBOPE Inteligência apontou que São Paulo tem três grandes fortalezas: Trabalho (oportunidades, perspectivas, renda…), Valores Pessoais e Sociais e Terceira Idade (atividades, atendimento especializado, respeito e oportunidades). São considerados fortalezas aquelas áreas que são de alta prioridade para o cidadão e que receberam notas altas.
Ao encerrar a apresentação dos dados do IRBEM, o Prefeito Fernando Haddad disse que os principais desafios de seu governo e de São Paulo, como um todo, são melhorar a participação social nas decisões da cidade, a comunicação em uma metrópole tão grande e o esforço para o combate à corrupção. Ele também demonstrou grande satisfação com o novo Plano Diretor da cidade, que visa preservar áreas e evitar adensamento em regiões que passam por melhorias. Fernando Haddad, porém, disse que compreende algumas das reclamações que algumas ações recebem:
“Mudar a cidade é algo que traz desconforto”, completou.
Para ver a pesquisa completa, acesse o site da Rede Nossa São Paulo.
